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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

É UMA TRISTE REALIDADE, ALIADO A UMA SÉRIE DE COISAS, POR EXEMPLO O NÃO CUMPRIMENTO DE NOSSO ESTATUTO.





PMs feridos em ação se sentem discriminados pela corporação


Postado por abamfbm on dezembro 21, 2010 in Geral, Todas notícias |


Policiais militares feridos em serviço, que ficam impossibilitados de participar do policiamento ostensivo, se queixam de perseguição por parte dos superiores. Segundo o presidente da Associação Beneficente dos Acidentados e Familiares da Área da Segurança Pública do Estado do RS (Abaspe), João Fernandes Rodrigues, 68 anos, até agora a Brigada Militar não regularizou a carreira dos acidentados, que ficam na ativa em serviço burocrático, e não estabeleceu o prazo para a concessão do benefício de R$ 25 mil a que todos os PMs, acidentados em serviço, têm direito.


Rodrigues afirmou que a entidade já enviou ofícios à corporação, mas até o momento não obteve resposta. Eles pretendem acampar em frente ao Palácio Piratini, no início do próximo ano, para chamar a atenção do Governo. A Abaspe conta hoje com 68 associados em todo o Estado. São homens que sofreram algum tipo de acidente de trabalho em todo o RS.


O próprio Rodrigues é um dos que sentiram na pele o problema. Ele era lotado, com o posto de cabo, na sala de rádio do 11º BPM, quando sofreu uma queda na escada, por causa do piso molhado devido a uma goteira. Deslocou a bacia e a coluna, e precisou algumas cirurgia, a última em 1990, no Hospital da Brigada Militar, onde, segundo afirmou, lhe cobraram os honorários do anestesista. “Entrei na Justiça para ser ressarcido, mas até o momento não consegui”, conta. “Eu também tenho que fazer fisioterapia e uso sapatos especiais, mas é tudo pago por mim”, afirma.


Segundo o presidente da entidade, mesmo a BM mantendo na ativa em trabalho burocrático PMs feridos, estes não são readaptados, o que causa depressão. Uma das consequências disso, conforme Rodrigues, é o número de suicídios cometidos por policiais nessa situação. De acordo com ele, de 2003 até este ano, foram 43 policiais militares que tiraram a vida. “Há cerca de 3 meses enviamos um ofício ao comando pedindo para entrar nas seções e nos hospitais para ver como está a readaptação”, conta Rodrigues. “A Brigada Militar ainda não respondeu ao nosso pedido”, lamenta, lembrando que o reconhecimento de seu acidente de serviço levou 25 anos para sair publicado no Diário Oficial do Estado (DOE).


De acordo com o diretor do Departamento Administrativo da BM, coronel Valmor Melo, é necessário estudar caso a caso, mas a corporação tem indenizado os servidores feridos com o que é previsto em lei, “Quanto a readaptação, a BM tem um serviço de saúde”, acentua. “Com psicólogos e psiquiatras para a corporação e sem custo”.


João Silva teve que escolher entre alimentar o filho ou fazer a cirurgia


Entre o filho, de nove meses na época, que precisava de leite especial, e a cirurgia na mão direito que lhe devolveria os movimentos, o sargento João Nunes da Silva, 48 anos, preferiu a primeira opção. Pois se fizesse a operação, o desconto seria tão grande que não daria para comprar o alimento do filho. Hoje, o rapaz é aluno da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Silva foi ferido por um tiro desferido por um criminoso, na zona Leste da Capital gaúcha, em 1990. Ele passou de 3º sargento para 2º. Pediu a promoção para tenente, por ter sido ferido em ação. Mas a BM negou, alegando não ter amparo jurídico para isso. Quanto aos ofícios enviados pela Associação, a informação é que eles estão sendo analisados pelo comando.


O sargento Silva estava em uma patrulha, quando ocorreu um tiroteio no Beco dos Cafunchos. Ele e sua equipe foram ao local em apoio ao PM que estava trocando tiros com marginais. No lugar, Silva entrou em um beco. Nesse momento se defrontou com um dos criminosos, vindo em sua direção, de arma em punho e atirando. O sargento sacou o seu revólver, mas a arma falhou cinco vezes. “O bandido veio atirando, e eu não tive escolha a não ser entrar em luta corporal com ele”, relembra Silva. “Em determinado momento, agarrei o cano da arma do marginal e ele desferiu o tiro, que atingiu a minha mão”.


Depois disso, Silva foi lotado na seção de assistência social da corporação. Mais tarde, foi transferido para o 9º BPM, porém a unidade é de policiamento ostensivo, o que Silva não poderia realizar. “É uma pressão psicológica muito grande. Creio que minha transferência foi uma represália por eu ter participado de uma manifestação contra o Governo”. Silva foi para a reserva em 6 de outubro último. Para aumentar a renda, começou a vender roupas.

Fonte: Paulo Roberto Tavares / Correio do Povo
COMENTÁRIO- Por LC Bergenthal
Temos que acabar com os donos da Brigada Militar, que interpretam os Direitos ao seu modo, dizem que a Brigada Militar esta Pagando, a BM não paga, não trasnfere para a reserva, não reforma, faz a sua parte a luz da lei, encaminha para as secretarias com os pareceres. Temos que exigir das ditas ouvidorias que estão ai para resolver, se ainda não se envolveram com esta situação, vamos ao ministério público militar, não é só quando existe erros dos servidores que eles devem atuar, como defensores da sociedade, dos seridores e seus familiares. Ja vejo um movimento para a criação do SUS da Policia Militar, lamentavel com o IPE na atual situação, vamos pra vala comum. Nosso Estatuto preve um monte de direitos, vamos a justiça.

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