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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

PIRATINI ADMITE ADIAR PACOTE DE VOTAÇÃO PARA DESGASTAR A CATEGORIA - ISTO É DEMOCRACIA?

Política 16/12/2009 03h06min

Piratini admite adiar pacote do magistério
Uma derrota iminente ontem, no primeiro embate envolvendo os pacotes para PMs e professores, fez o governo Yeda Crusius recuar
Faltou forças na última hora. Ontem, no primeiro teste do pacote do governo para brigadianos e professores, o Palácio Piratini teve de comandar uma manobra estratégica em plenário para evitar a derrubada dos projetos referentes aos policiais militares. O embate volta a se repetir hoje, mas as expectativas já se voltam para a próxima semana, quando está prevista a apreciação das propostas para o magistério.

Uma derrota iminente ontem, no primeiro embate envolvendo os pacotes para PMs e professores, fez o governo Yeda Crusius recuar. Nem mesmo uma emenda solicitada pelos próprios deputados aliados, com o intuito de agradar aos militares, teve apoio no plenário da Assembleia. Diante de tanta resistência, a cúpula do Piratini já admite adiar para 2010 a votação dos projetos do magistério, prevista para a próxima semana.

Para o governo, o saldo é preocupante: além dos recorrentes protestos de servidores, seguidos de uma disputa interna que divide o secretariado, os pacotes renderam um chega pra lá até da base aliada. Ao perceber ontem o apoio minguado para aprovar os projetos da Brigada Militar, o governo pediu aos aliados que retirassem quórum, abstendo-se da votação. Conseguiu evitar a derrota, mas hoje as medidas vão a voto novamente – obrigando o Piratini a se desdobrar atrás do socorro dos deputados.

Líder do governo na Assembleia, Pedro Westphalen (PP) reconhece dificuldade ainda maior para aprovar o pacote do magistério.

– Vamos tratar disso depois do pacote da Brigada, mas a tendência é retirarmos o regime de urgência – afirma ele.

O Piratini até poderia fazer o mesmo com os projetos dos brigadianos, não fosse uma manobra malfeita ocorrida ontem. Reunidos em uma sala no andar superior ao plenário, representantes do governo só perceberam a falta de apoio quando a votação já estava para ocorrer. Neste momento, organizaram a retirada de quórum, com o aval do secretário da Casa Civil, Otomar Vivian.

Mas o primeiro elemento do pacote – a emenda prevendo um complemento para os PMs que teriam perdas no contracheque – chegou a entrar em votação. O primeiro prejuízo: agora fica impossível retirar a urgência do projeto, e tudo terá de ser votado logo. O segundo problema: o placar exposto no painel do plenário demonstrou que aliados do governo votaram contra o pacote.

– Não é o momento para aumentar a alíquota da Previdência. Se não podemos dar um aumento merecido, também não podemos impor mais descontos – diz Luciano Azevedo (PPS), que pela primeira vez em três anos votou contra uma proposta do governo.

Ano eleitoral assusta deputados

Durante a mesma reunião que determinou a retirada de quórum, Otomar e o secretário da Fazenda, Ricardo Englert, ouviram súplicas de aliados para que o pacote do magistério saia de cena. Deputados do PMDB como Alberto Oliveira e Alceu Moreira estavam entre os parlamentares, além de Jerônimo Goergen (PP) e Zilá Breitenbach (PSDB). Todos expunham que a adesão de suas bancadas ao projeto estava ameaçada. Sem saída, Otomar assinalou que deve acatar a ideia.

Enquanto o encontro ocorria, ouvia-se do plenário centenas de brigadianos gritando contra o pacote.

– Se votar, a Brigada vai parar! – berravam em coro os militares.

Os deputados de oposição, cientes do desgaste que atinge o Piratini, aproveitavam para ganhar a torcida.

– Acham que a Brigada Militar vai servir de trouxa para cair no engodo deste governo? Criaram a ideia de um grande salário, mas deram com uma mão e tiraram com outra – disse, aos berros, o deputado Ronaldo Zülke (PT).

Outras centenas de brigadianos se acotovelavam na porta do plenário, para assistir ao discursos. Logo atrás deles, professores ligados ao Cpers seguiam acampados na Praça da Matriz. Segundo um deputado aliado, às vésperas de ano eleitoral uma situação como essa é insustentável:

– Ninguém se sente seguro para votar, é muita gente batendo contra.

ZERO HORA


Reunidos em uma sala no andar superior ao plenário, representantes do governo só perceberam a falta de apoio quando a votação já estava para ocorrer
Foto:Mauro Vieira
Cenários para o governoA mudança de última hora
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