17.8.10
Após invasão, manifestantes querem passar a noite na Câmara dos Deputados
LARISSA GUIMARÃES
NANCY DUTRA
DE BRASÍLIA
Folha Online
Os manifestantes que invadiram nesta noite o prédio principal da Câmara dos Deputados querem passar a noite na Casa. Eles protestam pela aprovação da proposta de emenda à Constituição que cria a Polícia Penal, que seria responsável pela segurança nos presídios. A votação, marcada para esta terça-feira, acabou sendo adiada.
Os seguranças e os agentes penitenciários trocaram agressões por cerca de dez minutos antes da invasão. Os servidores da Casa tentaram impedir a chegada deles até o plenário da Câmara, mas não tiveram sucesso.
Os manifestantes ultrapassaram a barreira e entraram correndo pelo prédio principal, gritando palavras de ordem. Eles estavam no anexo da Câmara e conseguiram chegar até o salão verde, espaço que dá acesso ao plenário.
"Passamos o dia todo querendo entrar, e não deixaram. Nós somos líderes, a gente segura o pessoal até onde dá", disse Jânio Gandra, presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis.
Segundo ele, vários manifestantes levaram choques da Polícia Legislativa, que tentava evitar a invasão. "Fomos tratados como bandidos, ninguém aguenta isso. A casa do povo fechou as portas para nós", criticou.
De acordo com a Polícia Legislativa, no momento do confronto, cerca de 150 agentes tentaram barrar a entrada de aproximadamente 400 manifestantes. Neste momento, o número de manifestantes caiu para cerca de 250.
INVASÕES
Em junho de 2006, integrantes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra) chegaram de ônibus a uma das entradas laterais do prédio da Câmara dos Deputados.
No confronto com policiais, os manifestantes empurraram porta adentro um carro que estava estacionado nas proximidades. Depois da invasão, os manifestantes destruíram o que encontraram no caminho: luminárias, computadores, portas de vidro e um busto de bronze do ex-governador de São Paulo Mario Covas (morto em 2001).
A invasão deixou um saldo de 41 pessoas feridas, mais de 500 pessoas presas e um prejuízo estimado na época em R$ 102 mil na Câmara.
Postado por Fernando Almança às 22:39 5 comentários Links para esta postagem Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Google Buzz
Dê sua nota:
Após violência, policiais invadem salão verde da Câmara
Inconformados com a falta de votações no esforço concentrado da Câmara, policiais que pressionam pela aprovação de piso salarial entraram em conflito com seguranças da Casa na noite desta terça-feira (17).
Houve empurra-empurra no Anexo II da Câmara. Policiais e seguranças trocaram gritos, se agarraram. Depois de muito tumulto, a segurança permitu a passagem dos policiais - que exigem a aprovação do segundo turno da PEC 300, proposta que, inicialmente, previa um custo bilionário aos cofres públicos.
"Tem policial aí. E se um deles estiver armado?", comentava um dos seguranças, mais à retaguarda, ao lado da reportagem do Congresso em Foco.
Os policiais entraram correndo pelo corredor que hospeda galerias de arte na Casa em direção ao Salão Verde. Carregavam um cartaz "PEC 300, sem PMDB".
Um dos policiais disse à reportagem do Congresso em Foco: "Eles só ficam enrolando a gente. A gente não aguenta mais".
Fonte: Congresso em Foco
FOLHA DA CLASSE
Nenhum comentário:
Postar um comentário