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quarta-feira, 20 de maio de 2009

POLICIAIS RODOVÍARIOS FEDERAIS SUSPEITOS DE COBRAR PROPINA NO VALE DO RIO PARDO - VAMOS INVESTIGAR PROFUNDAMENTE

Policiais rodoviários suspeitos de cobrar propina faturavam média diária de R$ 4 mil
Principais alvos dos infratores eram motoristas argentinos
Sâmia Frantz, Santa Cruz do Sul samia.frantz@zerohora.com.br
Os cinco policiais rodoviários federais suspeitos de cobrar propina de motoristas para liberar veículos no Vale do Rio Pardo faturavam, juntos, uma média de R$ 4 mil por dia de trabalho. Os patrulheiros, porém, não atuavam em grupo. Segundo o inspetor Alexandre Castilho, do Departamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Brasília, não houve formação de quadrilha e, conforme apurado pela investigação, eles trabalhavam individualmente, cada um com uma forma de atuação. — Eles não tinham uma movimentação financeira muito significativa e o lucro não era tão grande a ponto de justificar uma conduta irregular como essa. Colocaram todo o tempo de serviço à prova e provavelmente devem perder seus cargos públicos — comentou o procurador da República Jorge Sodré. Os servidores, lotados no posto de Pantano Grande, na BR-290, foram presos temporariamente na manhã desta quarta-feira. Eles passaram a ser investigados por equipes da Polícia Federal (PF), PRF e Ministério Público Federal (MPF) em agosto de 2008, depois que a Corregedoria da PRF instaurou procedimentos administrativos a partir de denúncias recebidas por vítimas que diziam ter sido extorquidas. Por enquanto, não está confirmado há quanto tempo eles praticavam a irregularidade, mas a primeira denúncia data de 2004. Os cinco poderão ser enquadrados em quatro tipos de crimes diferentes: extorsão, corrupção, concussão (vantagem indevida obtida por funcionário público) e prevaricação (retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei). A forma como os policiais agiam era mais ou menos a mesma. Eles constatavam alguma infração de trânsito — realmente existente ou não — e, ao abordar o veículo, davam início a uma negociação com o motorista para retirar dinheiro da vítima e livrá-la da multa — normalmente entre R$ 70 a R$ 100 ou objetos, como ar-condicionado. Em geral, não existiam alvos prioritários, mas a maior parte das vítimas seriam turistas argentinos que desconhecem a legislação de trânsito brasileira. Nesse caso, eles se aproveitavam da imprudência habitual dos estrangeiros. De acordo com o chefe da PF de Santa Cruz do Sul, delegado Luciano Flores de Lima, os policiais também favoreciam uma empresa mineradora de Portão, no Vale do Sinos. Um dos funcionários costumava manter contato com os policiais do posto para negociar a liberação de caminhões de carga e máquinas sem que eles apresentassem a documentação exigida, que autoriza o tráfego conforme o peso e a dimensão do veículo, por exemplo. Dos cinco policiais, apenas um foi preso em serviço. Os demais estavam fora da escala de trabalho e foram localizados em casa, nos municípios de Pantano Grande, Rio Pardo, Cachoeira do Sul e Minas do Leão. Todos possuem mais de cinco anos de trabalho no posto policial de Pantano. A operação, que envolveu 120 policiais federais e rodoviários federais, também cumpriu sete mandados de busca e apreensão. O empregado da empresa também deverá ser ouvido e pode ser enquadrado no crime de corrupção ativa. A polícia também investiga um outro funcionário para avaliar a participação ou não dele no esquema.

RETIRADO DA ZERO DIA 20 MAI 09 - LCB.

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